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O Japão foi o país que deu o “primeiro passo” em acessibilidade para pessoas com deficiência visual

Os pisos táteis são um elemento vital para a acessibilidade de pessoas com deficiência visual. Eles surgiram em 1965, quando o engenheiro Seiichi Miyake, movido pelo desejo de ajudar um amigo que havia perdido a visão, desenvolveu um sistema de pisos em relevo, que poderiam ser detectados pelo toque. Diferentes texturas e formatos indicavam condições de segurança ou riscos específicos.

A cidade de Okayama foi pioneira na adoção da inovação, ao instalar os primeiros pisos táteis em suas calçadas em março de 1967. A cor brilhante dos blocos também beneficiou indivíduos com baixa visão e deficiências cognitivas.

Graças ao trabalho de Miyake, os pisos táteis tornaram-se uma referência mundial em acessibilidade urbana e um símbolo de inclusão para pessoas com deficiência visual e também motora (cadeirantes). Sua inovação impactou positivamente a vida de milhões de pessoas, abrindo caminhos seguros para a mobilidade urbana.

A IEME Brasil atua há mais de 20 anos na área de acessibilidade urbana, contribuindo para uma sociedade mais inclusiva e consciente das necessidades dos cidadãos.

Conheça mais sobre o nosso trabalho nessa área acessando o link.

A acessibilidade urbana e as rotas acessíveis

A acessibilidade urbana é uma questão fundamental para a democratização do direito de ir e vir nas cidades. Trata-se de um conjunto de medidas que visa garantir que todas as pessoas, independentemente de suas condições físicas, tenham igualdade de oportunidades para utilizar os espaços públicos e privados de maneira autônoma e segura. Embora seja um direito garantido por lei, ainda é preciso avançar muito na sua efetiva implementação.

Um projeto acessível engloba diversos aspectos que são essenciais para assegurar a inclusão e a mobilidade de todos. Um dos pontos-chave é a adaptação da infraestrutura urbana, incluindo calçadas, vias públicas, praças e prédios, para torná-los acessíveis a pessoas com mobilidade reduzida, como idosos, pessoas com deficiência física ou com carrinhos de bebê. Isso inclui a eliminação de barreiras arquitetônicas, a criação de rampas de acesso, a instalação de corrimãos e a adequação de elevadores.

Rotas Acessíveis

Com o intuito de criar uma cidade ainda mais integrada, nasceram projetos como as Rotas Acessíveis. A proposta é criar trajetos a partir da necessidade de deslocamento entre estações de transporte público e polos de interesse das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Exemplos desses pontos seriam: hospitais, serviços públicos, escolas, faculdades, shoppings, teatros, parques entre outros.

Em São Paulo, o projeto piloto de Rotas Acessíveis incluiu 6 rotas: Vila Clementino, Barra Funda, Marechal Deodoro, Ipiranga, Linha Azul e Centro e atualmente estão presentes no Plano de Metas 2021-2024 da Prefeitura de São Paulo. Elas também ganharam espaço no Plano Vida Segura, instituído pelo Decreto 58717/2019, com projetos que devem ter como referência as normas de acessibilidade.

A IEME Brasil participou ativamente da criação de Rotas Acessíveis em São Paulo, unindo pontos estratégicos da cidade, integrados por transporte adaptado, calçadas e locais acessíveis. O mapeamento das regiões, feito pela IEME, foi a base para definir rotas acessíveis no município, considerando pontos importantes, interferências, transporte e inclinações dos percursos.

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